ÍNDICE
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(As lições e os temas
cultuais relativos ao assunto das lições)
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ÍNDICE E INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
AOS ESTUDOS DA EBD
A doutrina de DEUS
Foi com muita oração e disposição
que avaliei o convite para escrever estas lições e me lancei à tarefa de
escrevê-las. Isto pelo fato da tremenda responsabilidade que é escrever sobre
Deus sem a interferência dos conceitos e preconceitos que influenciam a nossa
percepção da realidade.
O homem, em todas as épocas da
história, apresentou a pessoa divina cunhada com as conceituações de sua própria
cultura ou invenções culturais. Por exemplo, que Israel entrou na terra prometida
o Deus que se revelara como Senhor passou a ter características das divindades cananeias
devido à interferência humana, ficando descaracterizado em sua essência. Com
isto, o culto em Israel sofreu distorções. Se os responsáveis pelo culto
trocavam o conhecimento de Deus pelas seduções das religiões pagãs, bem como
pelos subornos que recebiam ou pelo senso de onipotência funcional, o povo, que
possuía uma tendência declarada para a desobediência, seguia as orientações
distorcidas dos seus líderes, e todos caíam em desgraça.O mesmo aconteceu na
Idade Média quando, em nome de um deus que pode ser tudo menos o Deus da
Bíblia, foram provocadas guerras, muita gente foi torturada e morta, e o reino
de Deus foi envergonhado profundamente.
Hoje a realidade não é muito diferente.
O secularismo influencia a fé, criando um cristianismo de superficialidade, um
cristianismo materialista, comercial, mercantil, no qual Deus precisa ser
forjado com a cara dos promotores de tal sistema enganoso.
Assim, como muitos morreram vitimados
pelas distorções da fé, os manipuladores da experiência religiosa ou vendedores
da fé se enriqueceram com seus comércios da imagem de
Deus. Entretanto não deixaram de
ser julgados por seus atos, pois o Deus, perfeitamente justo, não deixa passar
por inocente o culpado.
Daí, o desafio que tive e tenho
ao escrever este conjunto de lições. Não é algo fácil escrever sobre Deus com a
isenção necessária dos fatores gerais, quer subjetivos, quer objetivos que
ficam à volta tentando influenciar nossa conceituação. Entretanto, há um senso
de prazer inenarrável quando, pelo menos, se tenta fazer isso. É assim que me
sinto ao fazer vir à lume estas lições. Sinto-me responsável por escrevê-las em
vários aspectos. Dentre eles cito a minha devoção e fascínio por Deus que merece
toda a reverência, todo respeito.
Junta-se a isto o senso de
responsabilidade que passo a ter em relação à vida de cada leitor. Creio
firmemente que um ensino distorcido pode fazer com que vidas venham a se perder.
Creio também que ensinos bem ministrados ocasionam crescimento e ganhos
espirituais indizíveis. Este último tem sido a minha meta.
PROPÓSITOS
DOS ESTUDOS
Diante do que foi escrito até
aqui, fica claro que o estudo da doutrina de Deus é de extrema relevância em
qualquer época e em todos os lugares. Em meio à incredulidade dos hebreus,
profetas foram vocacionados para mostrar a relevância da verdadeira fé,
causando momentos de avivamento em Israel. Na Idade Média, outro momento da
história acima citado como exemplo, Deus levantou vozes que tiveram eco na
Reforma Protestante do século XVI, onde imperou o forte apelo para a volta ao
cristianismo original que durante séculos sofreu distorções a partir daqueles
que com astúcia enganam fraudulosamente. O mesmo Deus tem levantado pessoas
nestes tempos pós-modernos, que é o nosso tempo, para apresentar a realidade da
sua divindade, seus atributos, sem as marcas da interferência humana. Diante
disso, os estudos a seguir se cercam de extrema relevância, daí o senso de responsabilidade
ao escrever sobre este tema.
Estou convicto de que o maior propósito desta seqüência de lições
está em harmonia com o anseio de Deus, que é o de ser conhecido como é, dentro
da mediada ou da capacidade de conhecimento que nós mortais podemos ter sobre
ele. Entendo que o conhecimento de Deus é, antes de tudo, experiencial. Deus deseja
ser conhecido pela igreja e pelo mundo. Para isso, pessoas que o conhecem
experimentalmente e que se aprofundam em tal conhecimento são de extrema
relevância para a proclamação da realidade divina.
Quem conhece o Deus vivo prega
com vida a abundante vida disponibilizada por ele.
A cada dia mais me convenço de
que Deus deseja ser Deus na igreja.
Os deuses humanos, ou melhor, os que
tentam ocupar o lugar de Deus, na igreja, deixam o verdadeiro Deus do lado de
fora. Só que Deus é perfeitamente amor. Ele continua a bater à porta daquelas
igrejas onde líderes usurparam o seu lugar. Deus bate à porta para que os fiéis
que foram silenciados ouçam a sua voz, tomem a coragem da fé para abrir a porta
e provem da verdadeira comunhão “eu com ele e ele comigo” .
Assim sendo, o segundo objetivo desta seqüência tem a ver com o despertamento
espiritual, com o aguçamento da percepção espiritual para ouvir o pulsar divino
à porta, para abri-la, a fim de que ele entre e faça m orada na igreja. Soma-se
a isto o desejo de ver a igreja motivada pela ação divina a agir de modo proclamador
das realidades espirituais que vive.
É natural que o conhecimento
experiencial de Deus produz o crescimento também na dimensão intelectual. Se o
homem como um todo é imerso no universo do conhecimento de Deus, sua vida ganha
muita relevância no mundo, e Deus vai sendo proclamado pelas palavras
carregadas de sabedoria e por vidas que atraem outras para o universo da
verdadeira e transcendente fé. Estas dimensões, agora mencionadas, formam
também os objetivos das lições.
ORIENTAÇÕES GERAIS
1. Os textos bíblicos básicos
para
cada estudo devem ser lidos na
íntegra, preferencialmente mais de uma vez. Devido ao espaço limitado para cada
lição, os textos não serão trabalhados com profundidade exegética.
0 ideal é que cada igreja faça
estudos prévios em grupos, sempre que possível, para o amadurecimento de cada
lição bem como para sua ampliação.
2. Na medida do possível, é também
importante a leitura de alguma literatura complementar. A inda, nesta
introdução geral, farei algumas sugestões de livros que podem ser lidos e que,
por certo, ampliarão os horizontes limitados pelo espaço imposto a cada lição.
3. Praticamente todas as lições
têm perguntas introdutórias. Elas devem ser respondidas previamente e, ao final
do estudo, devem ser checadas com o fim de serem confirmadas, negadas ou
ampliadas.
CONCLUSÃO
O método que usei em cada lição
parte da visão do Antigo Testamento sobre Deus, destacando o desenvolvimento de
cada conceito dentro dessa parte da Bíblia, bem como as novas dimensões dadas a
eles por Jesus.
Alguns livros foram importantes
para a feitura de cada lição. Não estarei fazendo citações bibliográficas no
corpo das lições, pois preciso aproveitar ao máximo o pequeno espaço de cada
estudo. Das obras que consultei e indico para leitura complementar destaco:
Teologia Sistemática, de Charles Hodge dentre
outras conhecidas. Teologia do Antigo Testamento, de A. R. Crabtree, Teologia
do Antigo Testamento, de R. L. Smith, Dicionário Internacional de Teologia do
Antigo Testamento, de R. L. Harris,
Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, de C. Brown são também obras literárias de
fundamental importância. Acrescento o livro escrito por G. Fohrer História da Religião de Israel, o livro
A Fé em Israel da autoria de H.
H. Rowley, e Deus no Antigo Testamento
que é uma coletânea de textos organizados por G. Gerstenberger. Uma leitura
devocional, porém indispensável, é o primeiro volume dos sermões de Martyn
Loyd-Jones que falam sobre a pessoa de Deus. São sermões bíblicos com profundos
ensinos teológicos, doutrinários e que enchem a alma do desejo de conhecer mais
de Deus.
Minha oração é que o Deus vivo,
santo e justo abençoe a sua vida pela leitura destes estudos, com a mesma ou
maior intensidade com que abençoou a minha vida na produção dos mesmos. Amém.
David Baêta Motta