Igreja Batista Central – 01 de janeiro de 2012
Culto Dominical – Manhã
TEMA: ALGUMAS ATITUDES NA CEIA DO SENHOR
TEXTO: I Coríntios 11.23-34.
INTRODUÇÃO:
Por que todo mês é ministrada a Ceia do Senhor na igreja?
É porque é preciso variar a programação? Então, é porque os crentes são pessoas que gostam de comer?
A Ceia do Senhor é uma das ordenanças de Jesus para a Igreja, além do batismo. Jesus instituiu este cerimonial como memorial, que deve ser praticado pela igreja: v. 24: “fazei isto em memória de mim...”.
“o objetivo desse memorial é manter viva, de maneira bem didática e significativa, os dois momentos mais importantes do ministério de Cristo no mundo: seu nascimento, sua encarnação, seu vir a ser homem como prova do amor de Deus para com toda humanidade, e o seu sacrifício vicário, sua morte na cruz, o derramar do seu sangue para perdão dos pecados, não da humanidade, mas de todos os que se submetem a ele pelo arrependimento”. ( Livro de Cultos, tema 38, pág.451).
Neste texto Paulo instruiu ao povo de Corinto quanto às atitudes e maneiras corretas para a celebração da Ceia do Senhor, segundo o que foi deixado por Jesus. v. 23a: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei...”
Há algumas atitudes próprias da celebração da Ceia que nós naturalmente praticamos, mas vale destacar quatro:
- O OLHAR PARA TRÁS
Na ceia a morte de Jesus é anunciada, é recordada: “...todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor... v.26:
A morte de Jesus na cruz para salvação dos que nele cressem é a mensagem central do cristianismo. A ordem que Jesus deixou à Sua Igreja não foi que relembrasse as Suas curas, os livramentos, os Seus milagres, e sim a Sua morte.
A morte de Jesus na cruz para salvação dos que nele cressem é a mensagem central do cristianismo. A ordem que Jesus deixou à Sua Igreja não foi que relembrasse as Suas curas, os livramentos, os Seus milagres, e sim a Sua morte.
Relembrar o porquê de Sua morte, o modo como ela se deu, por quem Ele morreu... Relembrar que Ele nasceu simplesmente para morrer. E isto é feito olhando para trás, olhando para o passado.
- O OLHAR PARA FRENTE
O mesmo v.26 que indica o olhar para trás, é concluído com o olhar para frente, ao futuro, ao dia da Sua volta: “... anunciais a morte do Senhor, até que ele venha”.
A volta de Jesus é uma de Suas promessas:
João 14.2-3: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também”.
II Co. 5.1: “Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna nos céus”.
Celebrar a Ceia do Senhor é também um momento de pensarmos em Sua volta, neste anseio e expectativa que temos. Pois a volta de Jesus é a nossa grande esperança como Salvos.
- O OLHAR PARA DENTRO
O v.28 traz uma orientação clara: a realização de um autoexame interior: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice”.
Essa orientação foi bem direta. Não somos juízes nem médicos: não julgamos e nem examinamos os outros. O que devemos fazer é examinar a nós mesmos sob as perspectivas de Deus e de Sua Vontade.
ILUSTRAÇÃO: o homem vivia se embriagando, aí entrou no prédio de uma Igreja em plena hora da ceia, olhou, olhou... Ninguém falava nada, todos estavam sérios, cabisbaixos. Saiu dali e foi para o bar. Lá, ele pediu ao garçom: "Oh garçom, me dê aí um pouco de vinho daquele dos crentes!... Porque basta um gole e todo mundo abaixa a cabeça!”.
Quando fazemos este autoexame possivelmente vemos a nossa miséria humana, nossa pobreza espiritual, nossa natureza má... Nossa pequenez diante do amor de Deus por nós em nascer para morrer por nossos pecados;
Porém, não é que devemos fugir da Ceia por causa do pecado, mas fugir do pecado por causa da Ceia.
A ordem dada na Bíblia é: examine-se e coma! Faça um exame de si mesmo, e se você reconhece o mal e resolve abandoná-lo, então coma, participe!
v. 31 “ Porque, se nós julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. 32 Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.”
Ao julgarmo-nos, temos a chance de corrigir nossas falhas antes de sermos julgados pelos outros.
- O OLHAR EM VOLTA
Não é olhar para condenar, julgar, é olhar e ver que somos um corpo em Cristo. O v. 33 nos remete a comunhão uns com os outros: “Assim, pois, irmãos meus, quando vos reunis para comer, esperai uns pelos outros”.
Somos um só corpo, quando nos reunimos aqui, é como família de Deus, é como irmãos em Cristo. I Co. 10:16-17: “ Porventura, o cálice da benção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo, porque todos participamos do único pão.”
É interessante refletir que na Igreja Católica, por exemplo, cada um come a “hóstia” no seu momento... Mas nós temos por hábito receber o pão e o cálice e depois, aguardar que todos recebam, para que então, juntos, possamos comer e beber...
Cabe meditar também que a palavra “companheiro” vem do latim, é derivado da expressão cum panis, onde cum é a preposição com e panis é o substantivo masculino pão, o que lhe dá o significado de participantes do mesmo pão. Isso dá a ideia de uma convivência tão íntima e profunda entre duas ou mais pessoas, aponto destas participarem do mesmo pão, para o seu nutrimento.
Devemos lembrar que somos família de Deus. O que nos une uns aos outros, é o amor do Senhor! E esse amor tem que ser prático:,“... esperai uns pelos outros” como diz o final do v. 33
CONCLUSÃO
Temos, portanto, quatro olhares, quatro atitudes a serem executados durante a celebração da Ceia do Senhor:
O Olhar para trás: Lembrando-nos da morte de Cristo por nós;
O Olhar para frente: Pensando em sua volta e no dom gratuito da vida eterna;
O Olhar para dentro: Realizando um autoexame interior e nos comprometendo com Deus em mudar;
O Olhar em volta: Meditando que em comunhão constante compartilhamos do Pão da Vida.
Em atitude de oração silenciosa, de celebração da Ceia: agradeça a Deus por Tão Grande Amor, por Seu sacrifício em dar sua própria vida por você; medite sobre si mesmo, se sua vida tem correspondido às expectativas do Pai; reflita sobre como vai sua relação com os demais membros do corpo, e caso necessário, se comprometa com Deus em mudar o que há de errado.
