A Bíblia

É aos homens que pertencem
Simpáticas teorias,
Vindas de fantasias,
Que me impressionam mas não me convencem.
Uma até conseguem arrastar
Muitos incautos que amam a vaidade.
Mas passa o tempo, chega a realidade,
E elas, bolhas azuis, estouram no ar.
O princípio que não se fundamenta
Na Palavra de Deus é chocho e vão.
É um bonito balão
Que sobe um pouco e logo se arrebenta.
Mas a lei justa, a lei que se entretece
dos fios de ouro que da Bíblia vêm,
Brilha através dos séculos e tem
Amparo para o pobre que padece.
A Bíblia é a minha lei. Ela é inspirada
Para tirar-me de uma hesitação
Ou de um impasse, cuja solução
Não pode ser adiada.
Quantas vezes, buscando os seus conselhos
Para entrentar calúnias
E falsas testemunhas,
Não a leio de joelhos?
Quando a minha alma preocupada está,
Ela me diz que Deus é o meu Pastor;
É o meu rico e supremo Provedor
De quem vem tudo! Nada faltará.
Se do luto me envolve a escuridão
E se minha alma inconsolável chora
Por alguém que está ou foi-se embora,
Ela me reconforta o coração.
Diz do crente a cartilha de abecê,
Dizem triviais conhecimentos meus:
‘Orando é que você fala com Deus;
Lendo a Bíblia, Deus fala com você.’

Poesia de Gilberto Maia
04 de novembro de 1962

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