Lição 7... - DEUS É SALVADOR

Texto bíblico Romanos 8 e 9; Efésios 2 Texto áureo Efésios 2.8,9


DIA A DIA COM A BÍBLIA
Segunda – Romanos 8.1-17
Sexta – Romanos 9.6-33
Terça – Romanos 8.18-30
Sábado – Efésios 2.1-10
Quarta – Romanos 8.31-39
Domingo - Efésios 2.11-22
Quinta – Romanos 9.1-11


O Deus, que é amor, também é reconhecido e proclamado como o Deus Salvador. Quando Adão e Eva pecaram e perderam a qualidade de vida perfeita e livre, tornando-se escravos do pecado e herdeiros da morte, Deus mostrou amor profundo por aqueles filhos desobedientes (eles e nós), c pelo seu grande amor construiu um plano de resgate. Note que o projeto de salvação é resultante do amor de Deus. Paulo afirma em Efésios 2.4,5: “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)”. Aleluia! O Deus, que é amor, é o nosso Deus Salvador.

SALVAÇÃO - INICIATIVA DE DEUS
A história bíblica da salvação atesta que ela (a salvação) sempre foi iniciativa de Deus. Em todas as suas ma­nifestações e sentidos, Deus ininterruptamente esteve na dianteira do processo. Por exemplo, o Salmo 3.8 declara que a salvação vem do Senhor. Vários textos afirmam a mesma coisa. Assim, Deus é tido como o agente desencadeador de todo o processo salvífico.
Antes de prosseguir, responda: O que é salvação? Muitos falam em salvação como sendo libertação, justificação,
santificação, glorificação etc. Entretan­to, se pensarmos bem, todas estas coisas são consequências. Em última análise, salvação significa “intervenção” ou “socorro”. Pense neste exemplo: quando os filhos de Israel estavam encurralados junto ao Mar Vermelho, o fato do Senhor fazer com que as águas do mar formassem duas paredes, e os hebreus passassem entre elas, foi uma intervenção que causou livramento. Em primeiro plano vê-se o socorro ou intervenção, e em seguida o livramento. Portanto, en­tendemos que salvação compreende todas as intervenções divinas em socorro e para o bem-estar do seu povo. Na terceira parte desta lição, destacarei algumas dentre as muitas consequências da salvação.
Esclarecemos acima que a salvação é sempre iniciativa de Deus. O primeiro contato dos filhos de Israel foi com
o Deus Salvador. O Senhor saiu em socorro do seu povo e com mão forte e braço estendido agiu poderosamente
na libertação daqueles hebreus escravizados no Egito. Durante toda a história de Israel, a salvação esteve sempre em relevo. Quando o povo desobedecia, Deus, mediante o seu “muito amor”, levantava juízes, livrava o povo de nações opressoras, alimentava em tempos de necessidade, enfim, a imagem do Deus salvador era muito forte em Israel. Até mesmo quando não parecia haver mais esperança, Deus prometia que haveria um remanescente fiel, por meio do qual o projeto da salvação seria levado adiante: “Também Isaías clama acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo. Porque ele completará a obra e abreviá-la-á em justiça; porque o Senhor fará breve a obra sobre a terra” (Rm. 9.27,28).

J E S U S -A SUPREMA MANIFESTAÇÃO DA SALVAÇÃO
Recordemos duas lições já mencionadas. A primeira enfatiza a salvação como iniciativa de Deus e a segunda realça a salvação como intervenção e socorro. Segundo o autor de Hebreus, Deus usou vários agentes para levar adiante o plano de salvação. Hebreus, como toda a Bíblia, fala da fragilidade dos agentes usados por Deus nos tempos passados e da necessidade de um agente supremo, para que a salvação fosse manifestada a todas as pessoas, necessidade esta concretizada em Jesus.
Deus fez uma derradeira e suficiente intervenção na história, num tempo por ele mesmo planejado, o qual Paulo chama de plenitude dos tempos (G1 4.4). Neste tempo o Senhor se esvazia de sua glória espiritual e, na forma de homem-servo, entra no tempo histórico, ou seja, intervém na história da humanidade para conceder o socorro que dc nenhuma outra forma poderíamos alcançar.
Ele é tentado em tudo, mas não peca, sofre, identifica-se com os humanos, toma sobre si todos os nossos pecados e, em nosso lugar, morre numa cruz, vai ao lugar de corrupção (At. 2.27-31), é ressurreto pelo poder da ressurreição (Fp. 3.10), e é restaurado à posição inicial (Fp 2.5-11). O mistério da salvação (Rm. 8.18-30) passa a ser entendido como uma intervenção suprema, a única capaz de dar a concreta salvação a todos os que têm esperança. Segundo Efésios 2.1-10, esta salvação é fruto do incomum amor divino, amor este reconhecido como graça salvadora plena (Rm 9.6-33).

HERDEIROS DA SALVAÇÃO
Romanos 8.24 afirma que é pela es­perança que somos salvos. Romanos 9.25-33 fala da universalidade da salvação quando Paulo evoca textos dos profetas Oséias e Isaías. Pessoas per­guntam como os que viveram no tempo do Antigo Testamento foram salvos.
Eles foram salvos pela esperança e por depositarem fé nas intervenções salvadoras do Senhor na história de Israel, e
isto era extensivo tanto para Israel como para o estrangeiro que passasse a crer no Deus de Israel. No tempo do Novo Testamento, Jesus, expressando o grande amor do Pai, estendeu a salvação para todos os povos. Efésios 2 declara que Jesus foi o fator que ocasionou a quebra da parede de separação entre judeus e gentios. Em Cristo não há mais separação. Nele há um só povo formado por todo aquele que nele crê e que se torna herdeiro da salvação. Neste momento, em que escrevo, louvo a Deus por fazer parte deste povo. Aleluia! Sou herdeiro da salvação.
Preciso falar, como prometi acima, sobre algumas consequências da intervenção salvadora de Deus. De acordo com Romanos 8.17, somos filhos e herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo. Devido a esta sublime intervenção divina, nenhuma condenação há pesando sobre nós, pois Jesus as assumiu por nós (Rm 8.1). Temos um novo padrão de vida que aponta para a restauração final daquela qualidade de vida perdida com Adão e Eva. A partir da experiência salvadora, passamos a andar em Espírito, vencendo a inclinação para a carne (Rm 8.1-13). Mais ainda, o Espírito testifica, e não nos deixa esquecer que somos filhos de Deus (Rm 8.16), e que algo glorioso nos está reservado pela graça salvadora do nosso amorável Deus (Rm 8.18). Romanos 8.37 afirm a que “somos mais do que vencedores” . Ele não fala de um triunfalismo barato pregado pelos mercadores da fé. Ao contrário, a nossa vitória não é algo superficial. Ela foi alcançada e doada a nós por um preço que ninguém teria condições de pagar. Somos supervitoriosos devido à vitória de Cristo contra o império das trevas e a morte.
De Romanos 9 e Efésios 2 destacamos algumas outras heranças. Somos filhos da aliança eterna. Recordemos que, no Antigo Testamento, salvação, promessa, aliança e esperança andavam juntas. Isto acontece também conosco. Somos herdeiros de uma promessa infalível, formalizada por uma aliança suficiente que nos dá a certeza da esperança da vida eterna (Rm 9.6-33). Temos uma relação interpessoal cristã baseada no amor de Deus. Somos concidadãos dos santos e família de Deus (Ef. 2.19). Convido o leitor a descobrir e elencar outras bênçãos agregadas à vi­da dos herdeiros da salvação. Tudo isso se resume na nova vida que se inicia aqui e há de se consumar no céu onde o nosso Deus Salvador nos aguarda pa­ra estarmos juntos por toda a eternidade. Mais uma vez e com santa emoção exclamo: Louvado seja o nosso Deus-Salvador.

CONCLUSÃO
Como escrevi este estudo louvando ao Deus que, pelo seu muito amor, tornou-se o Salvador, desejamos concluído com um hino: “Salvação Jesus me dá, com amor me guiará, para o céu me le­vará, tu não queres a Cristo seguir? Cristo Jesus, meu Salvador, vela por mim, vela por ti, Cristo Jesus, meu Salvador, tudo que é bom fará por ti”. Amém.