A Cruz e o Sangue de Jesus




Tema: PAIXÃO E MORTE DE CRISTO

Título: A CRUZ E O SANGUE DE JESUS
pregação na noite de 23Set2012


PR. Isaú H. Matos

Leitura Bíblica, Heb. 10.19-22.



INTRODUÇÃO



Minha proposta é falar para as pessoas de pouco conhecimento teológico, primeiro porque não me preparei para atingir a exigência do saber dos eruditos, segundo por entender que neste auditório existem pessoas que precisam ouvir sobre a cruz e o sangue de Jesus com simplicidade. Sei, contudo, que este tema é inescrutável, mesmo com o emprego de toda a erudição dos teólogos de todos os séculos. Porém sempre será comovente e desejado penetrar com maior profundidade de saber.



A jornalista Renata Leão entrevistou a viúva de Roberto Marinho, entrevista publicada nas revistas TPM e Gol (10/2009, p.70). “A senhora é religiosa?” – resposta- “Sou católica, mas às vezes fico muito zangada com Deus. Ex. perdi meu filho, etc. Perguntei a um padre por que Deus deixa tantas coisas ruins acontecerem? Ele respondeu que Jesus viveu apenas 33 anos e não teve tempo de pagar todos os pecados da humanidade, pois isso nós temos que sofrer para pagar o resto da conta. A viúva de Marinho e o padre cujo nome não foi citado, não entenderam o preço e significado da cruz, nem o alcance do sangue de Jesus Cristo.



Um capelão inglês passando por Salvador em viagem a Índia, em 1805, Henry Martyn ao ver cruzes abundantes e a cruz do pelourinho, escreveu em seu diário: “Que feliz missionário será enviado para proclamar o nome de Jesus a estas regiões ocidentais? Quando será que esta linda terra se libertará da idolatria e do cristianismo espúrio? Cruzes existem em abundancia, mas quando a doutrina da cruz será pregada?”.

Entendo que a doutrina da cruz é a doutrina da expiação do pecado.



1 A Crucificação Começou no Jardim das Oliveiras.

Exposição do texto de MT. 26.36-46.



“Jesus teve as mesmas tentações que nós temos, ainda que ele nunca cedesse a elas nem pecou”. (Heb. 4.15). Nós cedemos e pecamos. Nenhum de nós experimentou o sofrimento de Jesus na madrugada de seu último dia de vida.



Jesus parece que teve uns instantes de agitação, pois estava preste a ser traído com um beijo, negado três vezes, condenado como réu de morte, açoitado, espancado, ridicularizado, pregado numa cruz, por tudo isto era normal esta agitação porque ele estava disposto a beber o cálice.



Antes ele não estava agitado nem angustiado, pois afirmou aos seus discípulos: “tenho-lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa” (Jo 15. 11).



Jesus o Todo- poderoso abriu o coração com Pedro, Tiago e João (MT. 26.38). “Então ele lhes disse: A minha alma está tão triste que estou a ponto de morrer”. O texto na NTLH é mais dramático: “A tristeza que estou sentindo é tão grande, que é capaz de me matar”.

Fiquei impressionado com a congruência, autenticidade de Jesus, abre o coração com seus discípulos e diz o que sente, sem medo da incompreensão deles. Foi verdadeiro. E nós como somos, negamos o que sentimos, procuramos ser o que não somos; não abrimos o coração com nossos irmãos, temos medo de confessar a Cristo em público.



A oração de Jesus mostrar que ele estava em conflito interior, que era uma tentação ao mesmo tempo. A vontade de não beber o cálice transbordante da justiça de Deus que iria atingir o ser humano por culpa de seu pecado, caso ele não o bebesse.



Embora totalmente livre e soberano, ele decide “Não seja feito o que quero, mas o que tu queres”. (MT. 26.39,42). “Eu quero a tua vontade e não a minha” (BV).



Jesus veio para o sacrifício da cruz, ele sabia, mas não era fácil enfrentar o momento da crucificação. “Agora, está angustiada a minha alma, e que direi eu? Pai, salva-me desta hora? Mas precisamente com este propósito vim para esta hora” (Jo 12.27).



Era impossível Jesus não enfrentar a cruz, “se possível” é a oração de Jesus. Mas não era possível, a bem do pecador, afastar de Jesus o cálice da salvação. “Não havendo derramamento de sangue não há salvação”. (Heb. 9.22). É o sangue de Jesus que nos purifica de todo pecado. (I Jo 1.7). Todo processo depende de Jesus, depende da cruz, Jesus não podia falhar e não falhou.



Gotas de sangue, o sofrimento é tão grande que o suor de Jesus fica vermelho, transformar-se em gotas de sangue. (Luc. 22.44).



CONCLUSÃO

Jesus se levanta da oração, entrega-se corajosamente aos seus algozes, caminha para a cruz, toma sobre si a iniqüidade de todos nós, derrama sua alma na morte. Assim a cruz nos leva a esperança. A expiação de nossos pecados foi cumprida plenamente. Agora podemos proclamar: A Esperança é Jesus, da teologia da cruz para a teologia da esperança.